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Clima

O maracujá pode ser cultivado em praticamente todas as regiões e estados do Brasil. Essa cultura não tolera geadas e não pode ser cultivada em solos sujeitos à inundação, o que favorece a ocorrência de doenças que afetam o sistema radicular.

Em regiões onde ocorrem geadas, o maracujá deve ir para o campo após o risco desse tipo de intempérie. O cultivo em estufas também é uma opção para essas regiões. Em regiões onde ocorrem solos sujeitos a inundação, é de suma importância a escolha da área para implantação do pomar.

Locais sujeitos a ventos frios e a geadas são limitantes à cultura do maracujá. Os ventos frios e geadas provocam a queima das folhas, reduzindo a área de fotossíntese e, consequentemente, a produção.

Cultivares

FB 200 Yellow Master – Destinada principalmente ao mercado de frutos in natura, essa cultivar possui média de 14,0 °Brix e potencial produtivo médio de 50 t/ha/ano (respeitadas as recomendações técnicas). Os frutos, com 240 g, em média, apresentam maior uniformidade de tamanho, formato e cor, além de possuírem casca mais grossa, proporcionando maior resistência durante o transporte. FB 300 Araguari – Destinada, principalmente, à indústria, seus frutos possuem média de 15,0 °Brix, frutos com média de 120 g 69 e cor da polpa amarelo alaranjada. Apresenta potencial produtivo médio de 50 t/ha/ano (respeitadas as recomendações técnicas) e alto rendimento de suco (cerca de 42%).

FB 300 Araguari – Destinada, principalmente, à indústria, seus frutos possuem média de 15,0 °Brix, frutos com média de 120 g 69 e cor da polpa amarelo alaranjada. Apresenta potencial produtivo médio de 50 t/ha/ano (respeitadas as recomendações técnicas) e alto rendimento de suco (cerca de 42%). FB 300 Araguari é uma cultivar rústica de boa qualidade produtiva, com frutos desuniformes em tamanho, forma e cor.

BRS Gigante-Amarelo (BRS GA1) – Apresenta fruto grande e amarelo, de formato oblongo, com base e ápice ligeiramente 68 achatados. Nas condições do Distrito Federal, irrigado e plantado de maio a julho, no espaçamento de 2,5 m x 2,5 m, sua produtividade tem ficado em torno de 42 t/ha no primeiro ano, sem polinização manual, mesmo com ataque da virose. Com a polinização manual, no Distrito Federal já foram obtidas produções de 70 t/ha a 80 t/ha no mesmo espaçamento. Essa cultivar apresenta boa tolerância à antracnose.

BRS Sol-do-Cerrado (BRS SC1) – Apresenta frutos amarelos, arredondados e grandes. Nas condições do Distrito Federal, sua produtividade com irrigação e plantado de maio a julho, no espaçamento de 2,5 m x 2,5 m, tem ficado acima de 40 t/ha no primeiro ano de produção. Essa cultivar é tolerante a doenças foliares, como bacteriose, antracnose e virose.

BRS Rubi do Cerrado (BRS RC) – Produz, aproximadamente, 50% de frutos de casca vermelha ou arroxeada. Nas condições do Distrito Federal e de Mato Grosso, dependendo das condições de manejo da cultura, pode atingir produtividades superiores a 50 t/ha no primeiro ano de produção. Maiores níveis de resistência às principais doenças do maracujazeiro e elevados níveis de produtividade são as duas características mais importantes dessa cultivar.

BRS Pérola-do-Cerrado (BRS PC) – Seu diferencial de mercado é que se trata de uma cultivar com quádrupla aptidão: consumo in natura, processamento industrial, ornamental e funcional. A polpa do fruto é doce e muito saborosa, podendo ser consumida in natura, sendo uma alternativa para o mercado de frutas especiais e de alto valor agregado, principalmente quando produzidas em sistemas orgânicos. O processamento industrial da Pérola-do-Cerrado está relacionado ao uso da polpa para fabricação de sucos, sorvetes, 70 doces e vários outros alimentos doces e salgados. Suas belas flores brancas e sua ramificação densa evidenciam seu potencial ornamental para paisagismos de grandes áreas. Sua indicação como alimento funcional é em decorrência das características físico- -químicas da polpa, rica em substâncias antioxidantes (polifenóis e poliaminas), que atuam na prevenção de doenças degenerativas e no fortalecimento das respostas imunológicas. Por ser um maracujá silvestre, tem apresentado alta resistência a pragas e doenças. O diferencial de mercado tem despertado o interesse de muitos fruticultores e consumidores, havendo perspectiva de fortalecimento e crescimento da cadeia produtiva.

BRS Sertão Forte – Seu diferencial de mercado é maior tolerância ao estresse hídrico, e o longo ciclo produtivo, quando comparada às cultivares de maracujazeiro-azedo (Passiflora edulis Sims) disponíveis no mercado. Assim, pode ser cultivada em sistemas alternativos de cultivo, em regiões com limitações de água, principalmente onde se pratica agricultura de sequeiro com baixo uso tecnológico, na Caatinga e no Cerrado. BRS Sertão Forte é uma alternativa para o mercado de frutas especiais destinadas ao processamento industrial (sucos, geleias, doces, sorvetes e mix de sucos com outras espécies nativas). Sua flor exuberante, arroxeada e com longas fímbrias evidenciam também seu potencial ornamental para paisagismo de grandes áreas, como muros e pérgulas. As flores apresentam antese matutina e são muito visitadas por mamangavas (Xylocopa sp.), que são os insetos polinizadores do maracujazeiro-azedo comercial. Por isso, essa cultivar de maracujazeiro silvestre pode ser cultivada conjuntamente com o maracujazeiro-azedo, para atrair os insetos polinizadores.

BRS Rubiflora – Desenvolvida para fins ornamentais, é um híbrido que produz grande quantidade de flores, com diâmetro de aproximadamente 11 cm e pétalas vermelho-escuras com as bases vermelhas. Apresenta florações contínuas, com picos de junho a novembro, nas condições do Distrito Federal. Nessas condições, esse híbrido tem sido resistente a pragas e doenças. Em condições naturais, BRS Rubiflora produz poucos frutos.

BRS Roseflora – Destinada ao mercado de plantas ornamentais, produz grande quantidade de flores com diâmetro de aproximadamente 14 cm e pétalas com coloração variando de rosa- -escuro a vermelho-claro com as bases brancas. Quando irrigadas, as plantas podem florescer o ano todo e os picos de florescimento podem ser observados de junho a novembro. Em condições naturais, essa cultivar produz poucos frutos.

BRS Estrela-do-Cerrado – Com finalidade ornamental, produz grande quantidade de flores com diâmetro de aproximadamente 12 cm e pétalas vermelhas, com bases brancas. A planta é extremamente vigorosa e apresenta florações contínuas com picos de junho a novembro. Nas condições do Distrito Federal, tem mostrado resistência às principais doenças que acometem essa espécie, principalmente aquelas causadas por patógenos de raízes. Em condições naturais, BRS Estrela-do-Cerrado produz poucos frutos.

Existem cultivares destinadas:

  • Ao mercado de fruta fresca in natura.
  • À indústria de sucos, sorvetes e doces.
  • Ao mercado de frutas especiais.
  • Ao setor de plantas ornamentais.

Com os avanços das pesquisas, em breve haverá cultivares de maracujá destinadas, também, à indústria cosmética e farmacêutica.

Sistemas de Condução

O maracujazeiro é uma planta semilenhosa (trepadeira e escandente) e precisa de uma estrutura que lhe dê sustentação, proporcionando boa distribuição das ramas e garantindo maior produção de frutos, além de facilitar os tratos culturais.

Na cultura do maracujazeiro, existem vários sistemas de condução conhecidos, como:

  • Espaldeira vertical.
  • Espaldeira em T.
  • Espaldeira em cruz.
  • Latada.

Os sistemas de condução mais usados são a espaldeira vertical e a latada. Alternativamente, o maracujazeiro também pode ser conduzido e cultivado em cercas, pérgulas, muros, como também em árvores e arbustos, para condução e sustentação das plantas.

Implantação do Pomar

Para iniciar o plantio de maracujazeiro, deve-se conhecer o sistema de produção. A exemplo de outras fruteiras, o maracujá exige adoção de tecnologia no sistema de produção (análise do local de plantio, correção da fertilidade e acidez do solo, podas, controle fitossanitário, polinização manual, adubações de formação e produção, colheita e pós-colheita).

Para se conhecer o sistema de produção, é importante:

  • Buscar assistência técnica.
  • Visitar produtores que cultivam com sucesso o maracujá.
  • Qual o mercado que ele deseja atingir.
  • Se vai comercializar frutos in natura ou polpa.
  • Se vai colocar o produto no mercado ou na indústria. É muito importante que o produtor tenha diferentes alternativas para comercializar sua produção, de preferência que tenha um canal para comercialização de frutos in natura e outro de frutos para polpa, de modo a conseguir destino para todos os frutos produzidos.

O espaçamento vai depender:

  • Do nível tecnológico do produtor.
  • Do clima da região.
  • Da longevidade do cultivo.
  • Do planejamento da concentração de colheita em períodos compreendidos na entressafra.

O principal cuidado é a aquisição de mudas em viveiro certificado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), com garantia de qualidade genética e sanitária das mudas. O material genético (cultivar) adquirido deve ser reconhecidamente produtivo para a região em questão, apresentar frutos que atendam as exigências do mercado de fruta fresca, haja vista que preços mais atraentes são obtidos quando assim comercializados e apresentem boa qualidade para processamento, pois, em períodos de oferta excessiva, a colheita pode ser em sua totalidade destinada à industrialização.

Sim. Deve-se evitar a abertura da cova de plantio por meio do próprio tubete, principalmente se o solo for argiloso e estiver bem molhado, pois pode causar um “espelhamento do solo” que impedirá a dispersão lateral das raízes. Outra medida de extrema importância é manter todo o caule da muda sem contato com o 84 solo, ou seja, com o auxílio da mão, enterrar a muda apenas até a superfície do seu torrão, de forma que este fique no mesmo nível ou levemente superior à superfície do solo.

Essa medida é preventiva para evitar danos ocasionados por fungos causadores de podridão-radicular. Recomenda-se também usar uma camada de cobertura morta ao redor da muda, apenas tendo o cuidado para manter o caule da muda livre, sem contato com a cobertura morta.

Solo

O objetivo do preparo do solo para determinado cultivo é:

  • Controlar as plantas concorrentes por água e/ou nutrientes.
  • Manter o teor adequado de nutrientes e de matéria orgânica no ciclo da cultura.
  • Elevar a taxa de infiltração e a armazenagem de água no solo em níveis que satisfaçam às necessidades das plantas.

A estabilização desses parâmetros resulta em melhoria das qualidades do solo, no aumento do tempo de vida útil do pomar e da produtividade.

Irrigação

As vantagens da irrigação em cultivos com maracujazeiro são:

  • Permite um ótimo desenvolvimento das plantas.
  • Mantém as plantas em bom estado hídrico, por meio da otimização do uso da água de irrigação, não ocasionando estresse as plantas.
  • Em região com período de luz solar acima de 11 horas por dia, permite a floração e a frutificação continuamente.
  • Garante a produção de frutos o ano inteiro.
  • Permite a fertirrigação o manejo adequado de fertilizantes.
  • Aumenta a produtividade, a produção e melhora a qualidade dos frutos.
  • Garante um retorno econômico satisfatório para o irrigante.

Polinização

Polinização é a transferência de grãos de pólen das estruturas masculinas (as anteras), para a parte feminina da flor (os estigmas), a fim de propiciar a fecundação e formação do fruto. Os organismos que fazem a polinização são chamados de polinizadores ou agentes polinizadores.

Produção de Maracujá em Sistemas Orgânicos e Agroecológicos

O maior desafio do cultivo do maracujazeiro em cultivos orgânicos e agroecológicos é o controle de pragas e doenças. Dependendo da região de plantio, da proximidade dos pomares orgânicos com pomares infestados por pragas e doenças e do uso sucessivo da mesma área para cultivo do maracujá, diferentes pragas e doenças podem ser mais problemáticas no cultivo do maracujazeiro em sistemas orgânicos e agroecológicos.

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